quarta-feira, 5 de outubro de 2016

31/07/2016 - SP City Marathon Asics Golden Run

Uma nova maratona na cidade de São Paulo começou a tomar forma quando alguns boatos surgiram nas mídias sociais, vindos de fontes razoavelmente confiáveis, e a notícia foi ganhando corpo à medida que algumas confirmações foram sendo registradas.
Quando a prova foi formalizada, a expectativa já era grande, de forma que se observou um grande volume de acessos ao site de inscrições.
Mesmo com um preço de inscrição acima do normal, havia dois fatores altamente favoráveis que motivavam os maratonistas:
- Horário de largada bem cedo (6 da manhã)
- Mês com histórico de baixas temperaturas (julho)
Além disso, também seria realizada uma meia maratona, com percurso interessante (embora teoricamente não muito rápido), e as mesmas vantagens do horário e da época.
A organização, já conhecida pelo circuito Golden Four, só veio confirmar a boa expectativa de que seria um bom investimento. Respeito ao atleta é sempre bem vindo.
Antes de me inscrever, apenas verifiquei se o meu calendário permitia encaixar uma prova dessa magnitude nessa data. Seria um pouco mais de três meses após a maratona de SP, então eu poderia fazer um mês de recuperação, e depois aproveitar na segunda o que já tinha treinado para a primeira.
E foi bem isso que aconteceu. Apesar de não ter ido bem na maratona de abril, por causa do calor, meus treinos tinham sido satisfatórios, e a continuação para a segunda maratona aproveitou aquela base.
Só que essa nova prova tem uma altimetria mais difícil. Ela tem, entre outras coisas, a subida da Av. Brigadeiro Luiz Antônio, igual à São Silvestre.
Não que eu ache isso assustador, pois sempre encarei a Brigadeiro com tranquilidade. Merece respeito, mas não é aterrorizante. Basta treinar adequadamente.
Incluí nos meus treinos longos algumas ladeiras longas e difíceis. No fim, acabou sendo mais ladeira que o necessário, mas é melhor sobrar do que faltar.
Fui para a Expo retirar o kit com uma alta expectativa, baseada na minha experiência anterior quando, em 2013, participei da etapa paulista da Golden Four. Desta feita, tinha até lanche, mas agora foi mais modesto.
Não gostei do local de entrega, o Transamérica Expo Center, principalmente pela facada do estacionamento: R$46 na jugular. É uma tremenda palhaçada, mas como eu quis levar minhas filhas, abri mão da opção de ir de trem, muito mais em conta.
Ao chegar ao pavilhão, já me assustei com duas filas saindo para o lado de fora do prédio (sic). Pensei que ia precisar encarar aquilo e já de antemão fiquei desanimado.
Felizmente essas filas eram apenas para tirar foto com os logotipos gigantes da prova. Para pegar o kit foi super tranquilo e o atendimento foi rápido e eficiente.
Na sequência, tive o prazer e o privilégio de encontrar e tirar uma fotinho com A LENDA Nato Amaral, primeiro brasileiro green number na Conrades (se você não sabe algo sobre isso, "google it").

Ainda filmei algumas coisas da expo, para adicionar ao vídeo do meu canal, e fomos embora. Passei o resto do sábado fazendo coisas que não me deixassem cansado, mas também que mantivessem meus pensamentos ocupados, diminuindo a ansiedade pré-prova.
Fui deitar por volta das 22:00, a ainda levei algum tempo para dormir por conta da movimentação feminina pela casa.
Sem problema, já que um período de sono mais curto antes da maratona é algo previsto no meu planejamento.
Acordei 3:30 no domingo, fiz tudo que precisava e saí de casa umas 4:45 em direção a São Paulo.
Algumas vias com trânsito meio devagar, mais por conta da restrição de velocidade que por algum outro problema, acabei chegando à região do Pacaembu umas 5:15.
Tentei encontrar alguns conhecidos na área do guarda-volumes, mas só vi rapidamente o César Martins, e fui tentar encarar a fila do banheiro.
Em seguida tentei deixar minhas roupas nos ônibus guarda-volumes, mas a fila estava tão grande que avaliei que a melhor opção era voltar até o carro, mesmo longe, pois na fila eu corria o risco de perder minha largada.
Deixei os agasalhos no carro e ainda retornei à arena em tempo, faltando 10 minutos para minha largada.
Pela primeira vez eu estava planejando filmar uma maratona. Sempre avaliei que levar uma câmera por 42km seria um desgaste acima do aceitável.
Mas como o percurso não era favorável a recorde pessoal, pensei que dessa vez poderia repensar aquela minha posição. Além disso, a GoPro é bem leve, não devia prejudicar tanto assim.
Por fim, uma cobertura dessa prova no meu canal do Youtube poderia ajudar na audiência, e também aumentar a quantidade de inscritos.
Locais interessantes não faltam no percurso, especialmente no início, quando passamos por vários pontos importantes.
Fui para a largada, ainda tomando cuidado para não me emocionar nem ficar ansioso.
Após começar a correr fica mais fácil controlar as emoções. Não tem muito mistério, é uma atividade que estou acostumado, e tem vários aspectos para ir avaliando, que ocupam plenamente meus pensamentos sem deixar espaço para ideias que poderiam atrapalhar.
Logo de cara me incomodou a forma como eu estava levando o celular. Esse objeto era totalmente desnecessário para a prova, mas em caso de emergência era bom estar disponível, principalmente por ser uma contingência extrema para o caso de problema com a GoPro.
Após algumas tentativas de resolver esse incômodo, consegui deixá-lo numa posição que não atrapalhava tanto.
Logo em seguida, mais um inconveniente. O roteiro que eu tinha levado para ajudar no registro em vídeo caiu do bolso da minha camisa, em plena Av. Pacaembu. Com a multidão que estava passando por ali, nem fui louco de tentar recuperar. Paciência.
Verifiquei se pelo menos meus documentos e dinheiro estavam seguros, e segui em frente tentando não me abater com os pequenos contratempos.

A primeira subida da prova é em direção ao Minhocão. Não tinha prestado atenção nela ao analisar o mapa mas, como os treinos foram com ladeiras, eu estava bem preparado e encarei com tranquilidade.
Passamos pelo Elevado Presidente João Goulart (antigo Elevado Costa e Silva, só mudou o nome) sem grandes acontecimentos. A concentração de corredores ainda era grande, fazendo o ritmo variar ao negociar algumas passagens.
Também corremos por algumas vias clássicas do centro de São Paulo, e aproveitei para registrar essas regiões, que são a parte mais turística da prova.
O ritmo inicial foi um pouco mais lento que o planejado, mas nada preocupante. Eu estava procurando algum lugar para fazer xixi, e encontrei um banheiro químico entre os km 6 e 7. Esperei um pouco na fila, mas não fiquei nervoso por conta do prejuízo no cronômetro. Eu sabia que aquela parada ia ajudar no resto da prova.
Resolvido esse probleminha, voltei mais confortável. Logo à frente tinha a Praça da República, e fui reconhecido por um inscrito no meu canal do Youtube. Essa vida de famoso é incrível rsrs.
Ainda filmei alguns outros pontos históricos da cidade, como o Theatro Municipal, Viaduto do Chá, Prefeitura, Praça da Sé, Páteo do Colégio, Praça (e fórum) João Mendes, até chegarmos à temida e famosa Av. Brigadeiro Luiz Antônio.
O plano era subir essa longa ladeira numa boa. Ainda estava no começo da prova, pouco mais de 10km, eu tinha treinado bastante e estava seguro e destemido.
Não ataquei a subida, nem tampouco aliviei a passada. Fui tranquilo e despreocupado. Quando o GPS apitou a parcial de 12km, já perto da Av. Paulista, abaixo de 17 minutos (marco parciais a cada 3km), me surpreendi com a performance, a ponto de quase ficar assustado.
Parênteses: esqueci de desligar o lap automático, mas a diferença estava por volta de 200 metros das placas. Mesmo após os túneis, variou para 300 metros e ficou no máximo em 400 metros no final. Uma diferença bem menor que eu imaginava. Fecha parênteses.
Na descida da Brigadeiro, tentei maneirar o passo para não agredir o joelho. É uma descida razoavelmente forte e longa. Mesmo controlando, o ritmo foi para a casa de 5:15/km e se manteve assim por uma boa hora (ou duas) dali em diante.
Passamos pelo Ibirapuera, onde os corredores da meia maratona "cortam o caminho" para dar a distância correta mas, depois que contornei o Obelisco, nos encontramos novamente.
O abastecimento de água, sempre gelada a cada 3km, e Gatorade, em saquinhos a cada 6km, era bem eficiente e satisfatório. Tomei meus sachês de gel carboidrato religiosamente a cada 7km, cinco no total.
Após a região do Ibira, o indicador de bateria da GoPro diminuiu para 1/3, e resolvi economizar na gravação. Pelo menos, os pontos mais relevantes já tinham sido registrados.
Continuei mantendo o ritmo sem forçar nem aliviar. Estava bem confortável, despreocupado, curtindo a temperatura baixa e o clima nublado. Quando o GPS apitava as parciais de 3km, sempre me surpreendia, variando na casa de 16 minutos, um pouco menos, às vezes.
Essas parciais mais rápidas que o planejado não chegaram a me preocupar. Seria prudente tomar cuidado para não correr o risco de quebrar no final. O que mais pesou no momento foi minha sensação confortável, e menos a parte racional.
No túnel antes do Jóquei, passei pelo Vagner Tozzi, meu colega da região onde eu moro. Antes de começar a trabalhar em São Paulo eu sempre encontrava com ele na pista de corridas perto de casa. Agora, só de vez em quando passo por ele nos treinos longos de fim de semana. Foi bacana encontrá-lo durante a maratona.

Passamos pela marca da meia maratona e não dei muita atenção à parcial até ali. Não quis ficar fazendo cálculos para não criar expectativas antes da hora.
Perto dos 25km senti uma leve sensação estranha, um pouco parecida com o mal estar que tive em outras maratonas mas, como foi uma sensação muito leve, avaliei que não era preocupante naquele momento. Se piorasse, então eu reavaliaria o cenário.
Não senti nenhum outro mal estar até o final da prova, graças a Deus. Imagino que esse tipo de problema que já tive em outras provas esteja relacionado à temperatura e também à reposição (hidratação) deficiente. Desta vez, com temperatura amena (entre 16 e 19°C) e boa hidratação (água e Gatorade), foi tudo bem.
Passamos pela Praça Panamericana, contornamos a entrada do Parque Villa Lobos, entramos na Cidade Universitária da USP e eu comecei a pensar em fazer alguns cálculos para projetar o tempo final.
Cada vez que eu percebia que podia fazer uma marca abaixo de 4 horas, eu tinha duas reações: primeiro, começava a me emocionar pela expectativa de uma grande conquista; segundo, me controlava e avaliava que ainda era cedo, tinham vários quilômetros pela frente, e não sabia se poderia ter algum tipo de problema adiante.
Passei pelas marcas de 30 e 32km com tranquilidade. Esses números são lendários na maratona, conhecidos como "o muro". Mas para mim foi tranquilo.
Lembrei que na Maratona de Porto Alegre de 2013, quando estabeleci minha melhor marca pessoal, foi nessa altura (entre o 30 e o 34), que dei uma acelerada no ritmo e ganhei um tempo que permitiu minha marca sub-4h.
Agora, nesta maratona, não senti necessidade de acelerar. Nem cheguei a analisar que as parciais já estavam aceleradas faz tempo. O importante é que eu estava confortável e confiante.
Finalmente, na marca de 35km eu senti o primeiro sinal de cansaço. Eu tinha pego um copo d'água no km 34 e estava segurando o dito cujo por 1km para tomar o gel planejado na marca de 35km (era o último gel, o quinto, 7x5=35). Bem na placa 35 eu senti um cansaço e, já que ia reduzir o ritmo para tomar o gel, aproveitei essa redução para me recuperar.
Tomei o gel, bebi a água, reduzi o passo e me recuperei. Passei a marca de 37km já recuperado, filmei a placa e vi que estava com 3h22 no cronômetro. Conta de padeiro rápida, faltavam 5,2km, se fosse a 6min/km daria entre 30 e 32min, totalizando algo entre 3h52 e 5h54. Como estava fazendo abaixo de 5:40/km (sub-17min/3km), era só manter o ritmo enquanto fosse possível.
Novamente comecei a me emocionar com a expectativa, e me controlei para não atrapalhar.
O cansaço momentâneo que senti no quilômetro 35 desapareceu. Ainda sentia algumas dores de vez em quando, que mais ajudavam a tomar cuidado e não chegavam a prejudicar o desempenho. Se não tivesse nada doendo, eu poderia me empolgar mais ainda e poderia quebrar antes do final.
Saí da USP e lembrei que ali começou meu declínio na Maratona de SP em abril. Desta vez passei confiante, tangenciando as curvas, mantendo o ritmo e focado no final.

A passagem pelo mini-túnel antes da Av. Lineu de Paula Machado foi controlada. Reduzi o passo na subidinha (saída do túnel) e retomei o ritmo na avenida.
Cada vez mais perto da chegada, estava me sentindo em condições de dar uma aceleradinha. Estava prevendo uma chegada na casa de 3h52, e ainda podia tirar mais alguns segundinhos. De qualquer forma seria minha nova melhor marca, muito melhor que a anterior.
Parei de pensar e comecei a forçar a chegada, na rua ao lado do Jóquei, menos de 1km para o final.
Saquei a GoPro, e na entrada do Jóquei comecei a filmar. Som alto, torcida na grade, eu vibrando muito e correndo desembestado. Quase tropecei num buraco assassino, mas a conquista foi superior aos problemas de pavimentação.
Fechei debaixo do pórtico, e esqueci de fazer pose para a foto de chegada. Estava preocupado em filmar e parar o cronômetro. Depois eu vejo como ficou a foto. (Explicando, tenho uma coleção de fotos de chegada em maratonas, mas desta vez acho que vai ficar estranha).
Marca do meu cronômetro: 3h50:09. Meu Deus! Eu nem sonhava com um tempo desse!

E cheguei bem! Cansado e com dor, claro, mas não destruído como em 2013, muito menos passando mal como em outras maratonas.
Acho que essa corrida me gerou uma overdose de endorfina rsrs. Quando eu fui filmar meu depoimento sobre a prova, fiquei super emocionado.
Foi uma conquista incrivelmente inesperada. Na quinta feira, meu amigo Renato me perguntou se eu ia correr para sub-4h. Minha resposta foi "acho até possível, mas pouco provável. Minha expectativa é algo em torno de 4h15".
Eu tinha vários parâmetros para estimar como seria meu desempenho. Alguns favoráveis e otimistas, outros mais cautelosos e prudentes. 4h15 foi uma média entre 4h00 e 4h30, os extremos "tudo certo" e "com problemas", respectivamente.
Na minha imaginação mais otimista, se eu estivesse super bem lá pelos 35km (marca onde geralmente passo mal em SP), eu poderia acelerar um pouco, como em PoA, para tentar um sub-4h. Mas isso seria muito otimismo, muito fora das minhas características. Normalmente eu sou o tal do "realista".
É difícil conseguir explicar esse resultado. Meus treinos desde janeiro são voltando do trabalho para casa, com mochila, como já relatei anteriormente. Não tem nada de ortodoxo, o ritmo varia, preciso desviar de pedestres, tomar cuidado com veículos, etc. A única vantagem é a quilometragem alta.
Enfim, não vou elucubrar muito, mas vou curtir o momento e guardar para sempre essa boa lembrança.
Na saída da arena, levei um tempo para localizar onde ficavam os ônibus para o Pacaembu. Postei uma selfie nas redes sociais, pois faz parte da conquista o compartilhamento e as curtidas dos amigos.

A subida no primeiro degrau do ônibus foi a primeira tortura pós-prova. Voltei de busão tão absorto no uso do celular que nem vi qual caminho ele fez.
A caminhada do busão até o carro foi tranquila, mas meu ombro esquerdo doía mais que qualquer outra parte do corpo. Estranho.
Voltei para casa feliz e emocionado. Cheguei antes do meio dia, horário em que ainda estava correndo na Maratona de SP.
Eu estava tão feliz que queria compartilhar minha alegria com minhas mulheres. Fomos almoçar no América e todos ficaram feliz.
Comecei a editar o vídeo para publicar no Youtube ainda no domingo. À noite, quando voltamos da igreja, subi o vídeo e os acessos estão sendo bem satisfatórios.
Fica abaixo o registro em vídeo:


Tempo oficial:

03:50:05

Parciais:

Parciais Tempo     Tempo  Tp mov   Dist +elev -elev Rit.Md RtMdMv BstRit CadMd CadMx TmMdPsd   Cal
1        17:21     17:21   17:16   3.00    18    21   5:47   5:45   5:25   168   177    1.03   220
2        16:20     33:40   16:14   3.00    49    37   5:27   5:25   3:57   169   175    1.08   218
3        18:07     51:47   16:49   3.00    18     4   6:02   5:36   3:35   151   177    1.10   217
4        16:22   1:08:09   16:20   3.00    66    34   5:27   5:27   4:10   169   175    1.08   223
5        15:46   1:23:56   15:42   3.00    28    83   5:15   5:14   3:35   172   181    1.10   223
6        15:37   1:39:32   15:31   3.00     5    12   5:12   5:10   5:00   173   180    1.11   220
7        15:49   1:55:22   15:47   3.00    11    35   5:16   5:16   4:53   172   177    1.10   219
8        15:43   2:11:05   15:40   3.00    10     8   5:14   5:13   4:59   174   179    1.10   220
9        15:34   2:26:40   15:33   3.00     2     2   5:11   5:11   5:01   175   181    1.10   220
10       15:56   2:42:35   15:52   3.00     8     8   5:18   5:17   5:04   174   182    1.08   220
11       15:52   2:58:27   15:48   3.00     3     6   5:17   5:16   5:04   172   177    1.10   219
12       16:18   3:14:45   16:12   3.00     9     5   5:26   5:24   5:03   172   177    1.07   221
13       16:21   3:31:06   16:18   3.00    --         5:27   5:26   5:14   170   175    1.08   218
14       16:15   3:47:22   16:10   3.00    16     9   5:25   5:23   4:47   170   175    1.08   220
15        2:48   3:50:10    2:44   0.59    --     4   4:46   4:40   4:00   171   177    1.23    43
Total  3:50:10   3:50:10 3:47:56  42.59   244   269   5:24   5:21   3:35   170   182    1.09 3,121

Resumo:

42.59 km (GPS)
3:50:10
Pace médio: 5:24/km
Ganho de elevação: 244m
3.121 Kcal
Cadência média: 170
Passada média: 1.09m

Links para o GPS:

https://www.endomondo.com/users/8052989/workouts/776752637
https://www.strava.com/activities/659944980
https://connect.garmin.com/modern/activity/1281835036
http://www.mapmyfitness.com/workout/1645196639
https://www.nike.com/BR/pt_BR/p/myactivity/activity/1af38f468e4f0409645264213b8ea11a34d2ca28ae4151bda1a01ab68c187f36
https://runkeeper.com/user/fabiohmmedeiros/activity/835754629?tripIdBase36=dtl4ed&activityList=false&

Fotos:

http://webrun.fotop.com.br/fotos/commerceft/eventos/busca?evento=2135
http://www.ativo.com/encontre-sua-foto/?id_evento=22758
http://www.sportclick.com.br/asics-sao-paulo-city-marathon
http://www.midiasport.com.br/fotos/evento/asics-sao-paulo-city-marathon
http://olhonoatleta.com.br/novo/eventos/cobertura/asics-sao-paulo-city-marathon
http://www.focoradical.com.br/prova/20160731sao-paulo-city-marathon
https://fotop.com.br/fotos/commerceft/eventos/busca?evento=2135

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terça-feira, 9 de agosto de 2016

12/06/2016 - 6ª Meia Maratona Pague Menos de Campinas


Após alguns anos sem correr em Campinas, retornei a essas terras a convite do meu amigo Ivo Cantor, que deu a dica dessa prova desafiadora.
Sempre me marcou a memória que essa cidade tem subidas e descidas por todos os lados, e isso se confirmou também desta feita.
Por conta dessa característica, eu não criei uma expectativa muito ousada para meu resultado final. Qualquer tempo abaixo de duas horas já estaria de bom tamanho.
Por outro lado, meu período de treinamento focando a Maratona Asics estava em pleno desenvolvimento, e o clima frio era bastante favorável a uma performance mais rápida.
O termo "clima frio" não retrata fielmente as condições climáticas antes da largada. O mais correto seria o termo "congelante". Com certeza estava menos de 10°C.
Eu estava usando manguitos e luvas, ambos acessórios nunca antes usados em provas oficiais.
A luva até tirei após alguns quilômetros percorridos, mas os manguitos eu mantive até o final.

Fui registrando em vídeo a prova até a bateria acabar, se não me engano, antes da metade do percurso. Tudo bem que ela não estava completamente carregada no início do dia, mas nada me tira da cabeça que o frio extremo influenciou esse descarregamento acelerado.
Até esse momento, eu já vinha num ritmo mais rápido que o planejado, mas nada preocupante. Como parei de filmar o percurso, resolvi focar na prova e acelerei ainda mais a passada.
Resultado final, fechei os 21km em 1h48. Média de 5:08/km. Rápido demais.
Destaque para as subidas no final da prova. O Ivo já tinha me alertado sobre a subida do km 19, mas além dessa tinha também outra menor e mais íngreme.
Em compensação, a chegada é em plena descida, de forma que eu parecia um alucinado nesse trecho.
Esse descontrole em favor da velocidade me rendeu uma lesão chata (na verdade, uma inflamação leve), nada grave, mas que me deixou sem realizar os treinos longos nos dois domingos seguintes. Aprende, santo!



Tempo oficial:
01:48:16

Parciais:

3km    16:12    16:12
6km    15:05    31:17
9km    15:15    46:33
12km   15:16  1:01:49
15km   15:09  1:16:58
18km   14:44  1:31:42
21km   14:57  1:46:39
21,1km  1:41  1:48:21


Resumo da prova:
21.43 km (GPS)
1:48:21
Pace médio: 5:03/km
Ganho de elevação: 209m
1.339 Kcal
Pulsação média: 156
Cadência média: 174
Passada média: 1.14m

Links para o GPS:
https://www.endomondo.com/users/8052989/workouts/745788241
http://www.strava.com/activities/607058217
https://connect.garmin.com/modern/activity/1209477463
http://www.mapmyfitness.com/workout/1532872484
https://runkeeper.com/user/fabiohmmedeiros/activity/806141449?tripIdBase36=dbyeq1&activityList=false&

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segunda-feira, 8 de agosto de 2016

22/05/2016 - Minimaratona Interalphas

Prova curta, que obriga o atleta a fazer o ritmo mais forte possível, suportando o limite por um tempo razoável, ao mesmo tempo que encara uma altimetria com algumas subidas e descidas relevantes.
Quase um mês após correr a maratona, não fiz nenhum treino de velocidade. No máximo, em alguns momentos aumentei a intensidade dentro do possível, já que meus treinos são feitos voltando do trabalho.
A princípio pensei em filmar a prova, tanto que gravei algumas partes dos momentos que antecedem a largada.
Destaque para minha entrada ao lado do ex-jogador de basquete, a lenda, o mito, Oscar Schmidt, que levava a tocha olímpica cover.
Mas durante o aquecimento, resolvi me concentrar na competição, e deixei a GoPro com o técnico da equipe.
Posicionei-me num local bom para largar, e parti com força logo no começo.
Passado o "susto" inicial, também conhecido como "estouro da boiada", avaliei como estava meu ritmo (forte) e tentei analisar minha posição em relação aos adversários.
Foi uma experiência diferente. Eu estava bem perto da liderança da prova. Fora dois corredores convidados do Demutran (até o momento eu desconhecia esse convite) que se destacaram na frente, havia um grupo mais compacto com umas 10 pessoas, e eu estava nessa região.

Ainda estávamos na Aruanã, quase na esquina com a Tucunaré. Passei por um corredor que ouvia música e agitava os dedos no ar (sem noção) e acelerei na primeira descida da prova.
Não contei a quantidade de pessoas fazendo o retorno, mas minha referência era outro colega da minha equipe, de camiseta amarela, com quem tinha treinado no reconhecimento do percurso. Ele estava um pouco à frente, e minha meta era diminuir essa diferença.
Na subida até a rotatória consegui manter um ritmo forte, passando por alguns corredores menos preparados.
Na descida em direção à Araguaia alcancei meu colega, e segurei um pouco o passo para poupar energia para o final.
Isso me custou duas ultrapassagens de dois adversários da minha categoria. Ou seja, até ali eu era o líder do Master Masculino.
Na Araguaia deixei meu colega para trás e foquei na subida que viria em seguida.
Nesse aclive, mantive um passo firme e um ritmo forte, com a pulsação e a respiração no limite.
Passei alguns poucos corredores, e consegui não ser passado por nenhum, exceto por um cara mais novo que alternava corrida e caminhada, visivelmente desacostumado com as boas práticas da corrida.

Não tinha certeza se conseguiria fazer um sprint na reta de chegada, mas no fim consegui uma acelerada boa.
Aquele rapaz que estava correndo e caminhando na subida estava uma distância boa na minha frente, mas eu não estava preocupado com ele, pois era de outra categoria.
Mesmo assim, minha chegada estava bem mais acelerada que a dele. Fui me aproximando sem me preocupar em ultrapassá-lo, mas uns 3 metros antes da linha (ou menos até), o cidadão resolveu desacelerar, como se já tivesse acabado (erro típico de gente cansada e sem noção).
Acabei passando por ele, que ainda tentou reagir, mas sem sucesso obviamente.
Resultados apurados, fiquei em terceiro lugar na minha categoria, por conta daquela aliviada na descida. Mas tudo bem, foi um bom resultado, e me valeu um belo troféu que me deixou bem feliz.


Resumo da prova:
4.6 km
0:20:14
Pace médio: 4:21/km
Cadência média: 174
Passada média: 1.32m

Links para o GPS:
https://www.endomondo.com/users/8052989/workouts/731296929
http://www.strava.com/activities/584297446
https://connect.garmin.com/modern/activity/1179245713
http://www.mapmyfitness.com/workout/1485845329
https://secure-nikeplus.nike.com/plus/activity/running/Fabio-Homem-de-Mello-Medeiros/detail/7647000000012474347150005954683582307968
https://runkeeper.com/user/fabiohmmedeiros/activity/792755298?tripIdBase36=d3zhwi&activityList=false&

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domingo, 7 de agosto de 2016

24/04/2016 - 22ª Maratona de SP


Se em 2015 meu objetivo na maratona de SP era apenas completar, para reverter uma sequência de dois abandonos (em 2012 e 2014), agora em 2016 o objetivo era correr de forma consistente, algo próximo ao que fiz nas maratonas da Disney e no Rio. Não precisava ser como em Porto Alegre, pois em SP as condições são menos favoráveis, mas um resultado perto de 4h20 estaria de bom tamanho.
Fiz minha inscrição em agosto/2015, para aproveitar o preço mais barato, e também para me comprometer com os treinos. Tentei desafiar o Carlos Hideaki, para que uma disputa virtual ajudasse ambos a se empenhar na preparação, mas meu amigo não fechou o acordo comigo, por motivos particulares.
Em outubro fiquei desempregado, mas ainda não tinha começado os treinos para a maratona. A dificuldade começou em dezembro, quando passei a trabalhar em São Paulo e não tinha mais a conveniência de estar perto de casa (moro em Barueri). Obviamente, o trabalho é mais importante que a corrida, e a prioridade ficou na parte profissional.

Mesmo assim, consegui fazer uma adaptação logística interessante. Comprei uma mochila apropriada para corrida, e passei a levar um par de tênis, shorts e camiseta para o trabalho. Na hora de ir embora, me trocava e voltava para casa correndo. Claro que não percorria os 25km todos correndo. Eu dividi assim: 5,3km do trabalho até a estação Cidade Universitária, onde eu pegava o trem até a estação Barueri, e dali mais 5,4km até em casa.
Não era nem de perto um treino ortodoxo. Eu precisei correr na calçada, parava em semáforos, desviava de carros e pedestres. Também tinha a "quebra" entre uma corrida e outra, enquanto eu me deslocava de trem. Essa pausa, embora não fosse um descanso, ajudava na recuperação, mas também acabava esfriando o corpo. No início eu fiquei cansado, correndo mais de 10km por dia, de 2a a 6a. Mas no fim eu consegui me adaptar e o resultado foi satisfatório.
A partir de janeiro comecei a série de treinos longos aos fins de semana. Participei de duas meias maratonas oficiais, em fevereiro (Yescom, 1h52) e em abril (Corpore, 1h58) e tudo indicava que minha preparação estava indo bem.
O único "porém" estava por conta do clima, com temperaturas bastante elevadas no horário em que a prova seria disputada. Tentei fazer meus treinos longos nesse mesmo horário, para me adaptar e me preparar adequadamente. Senti que o calor era um obstáculo pior que a distância, mas não tinha opção, era necessário enfrentá-lo.
Nas duas últimas semanas antes da prova, reduzi a carga de treinos para chegar bem no dia da maratona. Dentro do possível, não tive nenhum problema na preparação.

A quinta feira anterior ao grande dia foi feriado. Na sexta peguei o kit com tranquilidade. No sábado deixei tudo preparado e combinado para que o domingo fosse o melhor possível. Comi um espaguete "da mama" no Spoleto e fui dormir cedo.
Acordei às 4 da manhã, fiz tudo que precisava, conferi se havia alguma pendência e zarpei para Sampa antes das 5:00. O plano original era chegar à Assembleia Legislativa antes das 6:00, para estacionar o possante ali. Só que acabei chegando muito cedo, antes das 5:30, e o estacionamento estava fechado. Tive que parar o carro numa rua da região, o que iria atrapalhar meus planos.
Paciência. Eu não sabia se a Assembleia iria abrir mais tarde, então não poderia arriscar ficar esperando. Mas, contudo, após deixar o carro estacionado, passei a pé ao lado do estacionamento, e percebi que alguns carros já estavam entrando. Resolvi pegar o meu e estacionei ali também. O plano original estava novamente na linha desejada.
Fiquei um tempo no carro, mas não consegui tirar uma soneca. Fui a pé até um local perto para resolver uma pendência de última hora, e depois fui para a região da largada.
Ainda faltava uma meia hora para a partida, e resolvi pegar a fila do banheiro. Demorou mais do que eu imaginava, mas ainda consegui atingir a área de largada antes do tiro inicial.
Consegui manter minha mente ocupada o suficiente para não ficar ansioso. Agora era a hora de por em prática toda a preparação dos últimos meses. O roteiro já estava visualizado, agora precisava conferir se a execução seria bem realizada.
O começo da prova é bem tumultuado, pois as pessoas não respeitam os ritmos indicados, e a organização não faz a menor questão de resolver esse problema. Sem stress. Consegui controlar o ritmo de forma a não ir nem muito rápido, nem muito devagar.

Logo de cara já percebi na prática uma notícia que ficara sabendo nos dias anteriores: o abastecimento de água seria muito frequente, em média a cada 2km. Com cerca de 20 postos de água previstos, mais 2 postos de água de coco, e mais um de isotônico, a hidratação não deveria ser problema. A torcida era para que tudo pudesse estar o mais gelado possível.
Em provas oficiais eu desligo o auto-lap do GPS, pois as placas nunca batem com o aparelho. Marco manualmente as parciais a cada 3km, mas na primeira oportunidade acabei perdendo por distração. Marquei, então, no quilômetro 4, e depois acertei no 6. Dali em diante não perdi mais nenhuma parcial.
Eu tinha várias estratégias disponíveis. Todas, em geral, começavam com um ritmo entre 5:40 e 5:50 minutos por quilômetro, e depois ficavam mais lentas, batendo 6:00 até 6:10 por km. Se não estivesse tanto calor, acho que conseguiria fechar a maratona facilmente entre 4h15 e 4h20, mas infelizmente não era esse o cenário real. Eu precisava tomar cuidado para não quebrar no final.
Eu não fiquei controlando demais meu ritmo. Fui levando conforme a sensação de esforço, baseado na minha experiência adquirida nos treinos longos. Queria passar a metade da prova perto de 2h05, o que me possibilitaria fazer a segunda parte com tranquilidade, mesmo considerando o calor e o cansaço.
E realmente a primeira metade foi bem tranquila mesmo. O percurso é favorável, a temperatura ainda não estava ruim, o pessoal que corre as 15 milhas acaba ajudando a manter um ritmo bom. Passei a marca de 21km com 2h00 sem sofrimento, com segurança e sentindo que ainda tinha força suficiente para o que vinha pela frente.

O caldo entorna mesmo quando passamos pela chegada das 15 milhas. Não fiquei com a menor vontade de parar (o que tinha sido minha desgraça em 2012 e 2014). Passei firme, mas sabia que a Avenida Escola Politécnica era um trecho chato a ser superado. Praticamente sem sombra, é o primeiro momento realmente duro dentro da maratona.
Sabendo disso, fui controlando bem o ritmo e a motivação. Não me preocupei se aquele trecho fosse mais lento, inclusive porque até ali eu estava mais rápido que o planejado. Consegui superar essa parte sem problema e entramos novamente na USP.
Um pouco adiante, logo após a marca de 28km, pela minha programação estava na hora de tomar um sachê de gel carboidrato (que eu estava tomando a cada 7km). Vi à frente umas mesas onde estava escrito "água/water", abri o gel e comecei a tomar (pois preciso tomar água logo após o gel). Só que, ao invés de água, estavam distribuindo batata cozida. Foi um pequeno golpe no meu planejamento. Acabei dando uma andada, para acabar de tomar o gel devagarinho, e logo em seguida retomei a corrida normal, torcendo para ter um posto de água adiante.
Apesar do contratempo, continuei em um ritmo bom. Estava um pouco mais lento que o trecho antes da Politécnica, mas ainda era um ritmo dentro do planejado. Era normal, aceitável, reduzir o ritmo conforme a distância percorrida aumentasse, por conta do cansaço e do calor.
Perto dos 30km tomei um plasil para não sentir o mal estar que tive em 2015. Tomei a segunda garrafa de água de coco e continuei o percurso pela Cidade Universitária. Por alguns momentos fui acompanhando 3 corredores com a camiseta "In God we trust", do "Bola Runners" (imagino que seja da igreja Bola de Neve). Quando saímos da USP comecei a sentir que não ia conseguir acompanhar o grupo. Comecei a fraquejar tanto fisicamente como também na parte motivacional. Na marca de 34km comecei a andar.

Não sabia ao certo qual era o problema. Não era o mal estar do ano anterior. Agora, com calma, avalio que pode ter sido um efeito colateral do plasil que tomei, normalmente denominado e identificado como "sono". Mas na hora eu não percebi. Eu não estava sentindo dor, e o cansaço estava suportável. Mas tinha uma sensação anormal, um desânimo que raramente vivencio e não estava preparado para isso.
De qualquer forma, segui em frente, andando mesmo. Cheguei ao absurdo de pensar na possibilidade de pegar uma bicicleta ou mesmo um táxi/uber. Mesmo andando, não sentia que estava me recuperando. Estava perdendo as esperanças de voltar para a prova. Para piorar, quanto mais eu caminhava, mais tempo ficava debaixo do Sol, e iria demorar mais ainda para acabar a prova.
Saindo do túnel que vai do Jóquei à Juscelino, saquei meu celular e liguei para minha filha Beatriz. Avisei que eu estava andando e que ainda ia demorar uns 45 minutos para chegar. Ela estava com a irmã e com meus pais, me esperando próximo à chegada.
Logo após desligar o telefone, passei pela placa de 38km. Pensei que só faltavam mais quatro e resolvi tentar um trotinho. Me senti melhor e continuei naquele passo, o "passo do urubu malandro" (lembrando do Ivo Cantor). Milagrosamente minhas expectativas voltaram. Graças a Deus a situação se reverteu e eu voltei para a prova.
Na saída do último túnel ainda dei uma caminhadinha, e aproveitei para ligar novamente para a Beatriz e avisar que estava chegando em 5 minutos! Voltei ao trote para manter aquela pegada até o fim. Fiquei feliz, reconquistei a determinação, a confiança, o objetivo, o propósito. O tempo perdido foi um prejuízo que não dava mais para recuperar, mas pelo menos consegui ter novamente uma postura positiva.

Passei ao lado do Monumento às Bandeiras ("Empurra") e logo à frente o pessoal afunilou a avenida fazendo quase um "corredor polonês" (sem trocadilhos). Fiquei atento em localizar meus pais e filhas, o que consegui identificar pelos pulos frenéticos da minha mãe-fã.
Minhas filhas se juntaram a mim para fazermos (mais) uma chegada emocionante. Elas correram comigo todo o último trecho, e chegamos de mãos dadas, comemorando essa conquista.
Fechei a prova na casa de 4h38. Foi bem mais lento que o planejado. Por outro lado, foi bem melhor que o ano anterior, em condições climáticas piores. Ou seja, ainda posso fazer uma apresentação melhor na minha cidade natal. Vamos ver se em 2017 eu me preparo melhor e, se a prova voltar para maio, o clima pode favorecer para que eu atinja minha meta de algo na casa de 4h15.
Agradeço aos meus pais pelo apoio, não apenas na torcida, mas também pela logística que proporcionou minha chegada com as filhas.
Agradeço também a todos amigos que são uma grande fonte de motivação e alegria.
Agradeço acima de tudo a Deus, que reverte situações inimagináveis de forma criativa e perfeita.
No final de julho tenho outra maratona agendada, a da Asics, também em SP. Vou tirar um tempo para me recuperar dessa que corri, e depois retomo os treinos para a próxima.
ua


links para gps
https://www.endomondo.com/users/8052989/workouts/712776711
https://www.strava.com/activities/555662144
https://connect.garmin.com/modern/activity/1140582178
http://www.mapmyfitness.com/workout/1443173603
https://www.nike.com/BR/pt_BR/p/myactivity/activity/0e56c7e9f1b07e29ee4d86eeb8a85b48e8597305074d557f53a5ed74cc8dd9c7

parciais

        t.parc. t.acum  dist
4km 23:37 23:37 4.16
6km 11:17 34:54 2.05
9km 17:00 51:55 3.06
12km 16:55 1:08:50 3.05
15km 17:13 1:26:03 3.10
18km 16:50 1:42:54 2.99
21km 17:31 2:00:25 3.09
24km 17:47 2:18:12 2.98
27km 18:32 2:36:44 3.10
30km 20:01 2:56:45 3.09
33km 19:02 3:15:47 3.01
36km 28:52 3:44:39 3.09
39km 31:07 4:15:46 3.08
42,2km 22:14 4:38:00 3.12

resumo

42.95 km
4:38:00
Pace médio: 6:28/km
Ganho de elevação: 153m
2.613 Kcal
Cadência média: 154
Passada média: 1.00m

Vídeo da chegada:



Notas:
- No sábado fui comprar protetor solar porque o que eu tinha estava acabando. Vi algumas opções resistentes à água, mas por apenas 2 horas. Fucei várias marcas até encontrar um tipo que atendia minha necessidade: um protetor kids, para criança, fator 60, resistente à água por 6 horas. Passei no domingo em abundância e parece que funcionou bem.
- No mesmo dia da maratona de SP foi disputada também a de Londres, mais cedo por causa do fuso horário. Quem sabe algum dia eu esteja lá...
- Acho que minha preparação foi algo entre "boa" e "muito boa". Não pude fazer treinos de ritmo, mas a rodagem foi bem alta, com mais de 1.000km rodados em pouco mais de 3 meses. Eu tinha condição de atingir minha meta de 4h15 a 4h20, mas o calor deixou minha confiança abalada. Parte desse abalo foi em função da prudência, e acho válido. Agora é aguardar que venha outra oportunidade com clima mais favorável.
- Agora fiquei em dúvida sobre a utilização do plasil. Por um lado ajudou a não sentir o mal estar que tive em outras oportunidades, mas por outro lado tenho quase certeza que foi o fator determinante do desânimo após sair da USP. Além disso, o mesmo princípio que me leva a condenar o uso de advil durante a corrida, também poderia ser aplicado no uso do plasil. Estou em conflito nesse assunto.

ua


sábado, 6 de agosto de 2016

10/04/2016 - 17ª Meia Maratona Corpore

Por de estar no final da preparação para a Maratona de SP, que seria realizada duas semanas após a Meia da Corpore, minha estratégia para esta prova seria ir em ritmo de 42km.
O objetivo inicial seria algo na casa de 2h03 a 2h05.
Aproveitei para filmar o evento e publicar o vídeo no meu recém-lançado canal do youtube.
O resultado pode ser assistido aqui:




Configurei meu relógio Garmin para não executar o lap automático, pois em provas oficiais prefiro marcar na placa oficial.
Mas acabei me embananando com os botões e, ao invés de acionar o lap manual, eu dei pausa na marcação. Como se isso já não fosse ruim e primário o suficiente, repeti a mesma bobagem uma segunda vez.
Assim, minha marcação pessoal foi pro ralo, e acabei perdendo a referência durante a prova.
Ainda bem que tinha a marcação das placas, de forma que pude ter algum parâmetro, ainda que reduzido.
Por conta dessa minha falha, acabei perdendo um pouco o controle do ritmo, e fui um pouco mais rápido que o planejado.
Nada preocupante, contudo. Pelo menos registrei mais uma marca sub-2h.


Tempo oficial:
01:57:57
05:37min/km
10,6Km/h
Classificação Geral 1230ºLUGAR
Por Sexo 1099ºLUGAR
Por Categoria 230ºLUGAR
Você correu mais rápido que 72.58% dos corredores


Links para o GPS (zoado):
https://www.endomondo.com/users/8052989/workouts/703631822
https://www.strava.com/activities/541388991
https://connect.garmin.com/modern/activity/1120516545
http://www.mapmyfitness.com/workout/1421632551
https://runkeeper.com/user/fabiohmmedeiros/activity/765901933?tripIdBase36=cnzxpp&activityList=false&
https://secure-nikeplus.nike.com/plus/activity/running/Fabio-Homem-de-Mello-Medeiros/detail/9068000000008196937990003362185401613474

ua

domingo, 13 de março de 2016

21/02/2016 - 10ª Meia Maratona Internacional de São Paulo (Yescom)


Números: Minha primeira prova de 2016, oitava participação nesse evento, minha 32ª meia maratona completada. 
Fatos: Nesse ano estou fazendo um treinamento nada ortodoxo para a maratona de SP (que será em 24/abril). Diferente do passado, quando eu saía do trabalho e estava em casa em 10 minutos, agora estou empregado a 25km de casa. Pensei em algumas alternativas, como ir trabalhar de bicicleta, ou mesmo comprar uma moto. No fim, a opção que encaixou melhor foi: ir de ônibus e voltar de trem. 
No começo, em dezembro, na hora de ir embora eu pegava o trem na estação Cidade Jardim, que fica a 1km do trabalho. Descia do trem na estação Barueri e corria pouco mais de 5km até em casa (com mochila, aproximadamente 3,5kg). 
A partir de janeiro, para aumentar o volume/rodagem, comecei a pegar o trem na estação Cidade Universitária. Passei a fazer, então, 2 trechos de 5,x km diariamente. Com mochila. Passando por calçadas, parando em cruzamentos, com algumas acelerações para não pegar o farol fechado. 100% street run. Nem um pouco ortodoxo, mas é o que tem para hoje. 
Aos fins de semana, normalmente descando no sábado e longo no domingo de manhã. No começo foi cansativo, mas depois acabei acostumando. 
Na semana anterior à meia-maratona tentei reduzir a quilometragem, voltando a pegar o trem na Cidade Jardim. Acabou não sendo do jeito que planejei, mas ajudou um pouco. Serviu também para simular o que farei na semana anterior à maratona (no caso, essa opção não se mostrou boa - já estou pensando em uma opção melhor). 

Peguei o kit na sexta feira (pela primeira vez usando o Uber) e consegui descansar no sábado. Minha meta para domingo era fazer um tempo abaixo de 1h55 (em 2015 fiz 1h56). 
Tentei chegar cedo à região do Pacaembu, pois sempre tem a questão de estacionar o carro por ali. Consegui uma vaga boa e fui andando até a área de largada. 
Apesar de ter vários conhecidos presentes nessa corrida, acabei encontrando bem poucos. Tirei umas selfies com o Solonei Rocha da Silva (campeão de 2015) e com o Vagner da Silva Noronha (melhor brasileiro na MSP 2015, 2o colocado, e meu conhecido de treinos). 
Na largada encontrei meu ex-colega de Banco Safra, o José Bezerra (não aquele do filme/desenho Enrolados). Conversamos um pouco, mas na largada nos separamos, pois ele disse que iria para 1h50. 
Apesar do tumulto inicial que ocorre porque há muita gente, porque a separação por ritmo não funciona direito, e porque o percurso é estreito e sinuoso, mesmo assim consegui fazer um ritmo satisfatório. Um pouco lento, mas nada comprometedor. 
Nessa corrida eu experimentei usar uma roupa que só tinha testado em um triathlon em 2014: regata "de compressão" e bermuda no mesmo estilo. Sei que não é o traje mais lindo do mundo, mas deixei a vergonha de lado e procurei não ficar pensando na estética. No fim, achei confortável e leve, talvez repita algum dia. 
As primeiras parciais (que marco a cada 3km) foram bem próximas ao ritmo planejado. Próximas demais para o meu gosto. Resolvi dar uma aceleradinha para ter uma margem de segurança no final. O percurso não é dos mais rápidos, pelo contrário, tem algumas subidinhas e várias curvas lentas. O final costuma ser cansativo e, por isso, eu quis ter uma folga para o final. 
O clima, embora não estivesse muito quente (um pouco acima de 20ºC, sem Sol), parecia não estar muito favorável, talvez por conta de uma umidade alta. Transpirei bastante, e acabei com a roupa bem ensopada. Por outro lado, o abastecimento de água estava muito bom, e consegui fazer a reposição muito bem, com água e gel carboidrato (Exceed). Parece que estava prometido haver um posto de Gatorade, que realmente ficou faltando no percurso. 

Apesar de passarmos por vários lugares do centro velho da cidade, acabei não apreciando o percurso. Talvez porque tinha várias curvas e uma quantidade de corredores razoavelmente grande. Então eu tinha que prestar atenção na pista, sem nenhuma paisagem relevante a relatar aqui. 
Depois que dei uma acelerada, consegui criar uma folga boa, e calculei que fecharia os 21km na casa de 1h52. Um pouco antes de pegarmos o último trecho da Av. Pacaembu tem uma parte chata, perto da estação Barra Funda, inclusive com uma subida perigosa. Mas consegui encarar bem, e fui até o fim num ritmo consistente. 
Completei a prova em 1:52:20, tempo que me deixou satisfeito, principalmente por mostrar que os treinos para a maratona, embora bem fora do padrão, estão dando resultado. 
Como não encontrei mais nenhum conhecido, fui embora logo. Apenas parei um pouco na área de premiação para parabenizar meu colega Vagner Noronha que ficou em 6º lugar no geral, 5º entre os brasileiros. 
A próxima prova será somente em abril, duas semanas antes da maratona. Ainda não tenho uma meta definida, vai depender de algumas variáveis que vou avaliar quando estiver mais perto. 



parciais: 
16.40
16.27
15.46
15.28
15.40
15.55
16.28

GPS:

Tempos nessa prova: 

11/03/2007, 1ª edição, 02:39:00 
07/03/2010, 4ª edição, 02:06:58 
27/02/2011, 5ª edição, 02:37:18 (corri 11km antes da largada) 
04/03/2012, 6ª edição, 02:05:27 
17/03/2013, 7ª edição, 01:45:30 (PB na época, nesse ano obtive minhas melhores marcas) 
23/02/2014, 8ª edição, 02:05:27 
01/03/2015, 9ª edição, 01:56:14 
21/02/2016, 10ª edição, 01:52:20

domingo, 24 de janeiro de 2016

31/12/2015 - 91ª São Silvestre


Eeeeee... lá fui eu para mais uma São Silvestre. Minha 18ª no total, 16ª seguida (desde dez/2000).
Já faz tempo que deixei de considerar essa prova como um evento para performar. O tempo final não tem qualquer importância.
Mesmo com o preço de inscrição salgado, ainda acho que vale à pena participar da maior, mais antiga e mais importante corrida do Brasil.
Desta vez novamente combinei de correr com o pessoal da igreja. E novamente fui fantasiado de Fred Flintstone.


Esse evento é uma festa. Comemorando o último dia do ano, aproveitando para socializar com os amigos, e de quebra ainda praticando uma atividade saudável e que eu gosto muito.
Encontrei os irmãos em uma das esquinas entre a Av. Paulista e a Al. Campinas, junto ao Banco Safra.
Vestido de Fred e com uma peruca Black Power, eu era frequentemente abordado e tive várias solicitações para tirar foto.
Quando já estávamos todos presentes, nos dirigimos para a região da largada. Tentamos nos posicionar perto do setor vermelho, mas não foi possível avançar até lá. Mesmo assim, ainda largamos numa região melhor que a do ano anterior.
No início da corrida, contávamos 5 amigos: eu (Fred rs), Dado, Edu, Neto e Juvenal. A meta era manter um ritmo na casa de 6:30min/km, algo tranquilo a todos nós, que permitiria ficarmos juntos até o final.
Eu, por ser mais alto e estar com a peruca chamativa, seria a referência no caso de algum desagrupamento momentâneo.
Já na largada o Dado mostrou que não estava confortável com o passo lento. Tivemos que "segurá-lo" por algumas vezes.
Nesta edição, não sei se foi impressão minha ou se foi um fato real, mas parece que havia menos pessoas fantasiadas. Ainda havia várias, mas não tantas como o usual.
A passagem pelo túnel no final da Av. Paulista é um dos momentos mais emocionantes da prova. Todos fazem muito barulho, e as pessoas ficam lá em cima assistindo os corredores. Não tem preço.
Um pouco mais pra frente passamos ao lado do Estádio do Pacaembu, Praça Charles Miler e entramos na Av. Pacaembu. Nesse trecho, perdi momentaneamente o Neto, mas depois ele se juntou ao grupo novamente.
O Dado continuava "nervoso", e fizemos uma parcial na casa de 6:00 ao completar 4km.
Desta vez a organização acertou ao colocar o primeiro ponto de água em um local BEM mais largo, evitando o problema sério que observamos em 2014.
Logo em seguida, passamos por uma sequência de ruas estreitas, onde precisei amarrar o tênis que estava ficando solto. Nessa região, perdemos o Neto em definitivo. Ficamos então em um grupo de 4 amigos.
Ao passar ao lado do Memorial da América Latina, um dos corredores que estava próximo a nós caiu estatelado no chão, provavelmente por ter pisado em alguma irregularidade na via. Ele até tentou se proteger na queda, mas a cena foi feia. Felizmente, ao que parece, ele não se machucou muito.
Mais adiante, em alguma esquina entre as avenidas que passamos, novamente o grupo se dividiu. Perdi o Edu e o Juvenal, e fiquei apenas com o Dado. Na multidão de corredores que se aglomeram durante todo o trajeto, existe uma certa dificuldade em achar uma pessoa específica. Tentei reduzir o passo para ver se reagrupávamos, mas não deu certo.
Progredimos mais alguns quilômetros em dupla, eu e o Dado. Passamos ao lado da torcida do Corinthians, time para o qual meu colega torce. Vez ou outra fazíamos umas piadinhas para deixar a corrida mais divertida.
Lá pela marca de 9km havia um posto da Gatorade. Na confusão que toma conta dessa área, perdi minha última escolta e fiquei sozinho na corrida. Ainda procurei pelo Dado por alguns minutos, em vão.
Passei pela marca de 10km solitário, mas continuei fazendo festa por conta da fantasia que estava caracterizado.
Acabei apertando um pouco o ritmo, já que não havia mais motivo para segurar o passo. Não foi uma aceleração desenfreada, mas melhorou um pouco a média. Isso não fez diferença alguma, pois a prova é festiva, mas deixo registrado apenas para documentar o fato.
Eu estava levando à mão minha câmera GoPro, e registrei vários corredores interessantes. Sempre que possível, eu interagia com os desconhecidos, normalmente incentivando e dizendo frases animadoras.
Passei pelo Largo do Paissandu, Teatro Municipal, Viaduto do Chá, Largo São Francisco e subi a famosa Av. Brigadeiro bem tranquilo. No final dessa subida, um maluco emparelhou comigo e pediu para eu gravar uma declaração dele, em apoio à preservação a uma praça ou algo parecido.
Como eu estava super feliz e de bom humor, não vi motivo para não atender ao pedido do figura. Mas confesso que fiquei constrangido quando ele pediu para que eu segurasse uma faixa de protesto durante todo trecho final da Av. Paulista, até cruzarmos a linha de chegada. Eu efetivamente não queria fazer isso, e estragou a minha chegada, mas não tive coragem de dizer não pro cara.
Depois ele disse que entraria em contato comigo para pegar o video, mas até hoje não tive notícias do homem.
Fora isso, tudo transcorreu com tranquilidade. Peguei minha medalha e retornei ao ponto de encontro, onde aguardei a chegada do pessoal.
Deixo abaixo o video, meio longo, do registro que fiz da prova.



ua

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

20/12/2015 - 40ª São Silveira


Esta prova tradicional de Barueri chegou à sua 40ª edição, mas a cada ano a organização tem mais dificuldade para realizá-la.
Com apoio praticamente único da Prefeitura, o custo da organização precisa ser enxugado ao máximo.
Mesmo assim, a estrutura oferecida foi bem satisfatória, e nenhum incidente sério foi observado.
Cheguei à região da arena uma hora antes da largada. Peguei meu kit e procurei por algum conhecido, sem sucesso.
Mesmo sem fazer aquecimento, minha estratégia seria fazer um ritmo forte. A princípio tentaria algo perto de 5:10min/km, que foi minha média na Gonzaguinha, uma semana antes.
A diferença é que a São Silveira tem umas ladeiras fortes. Então, técnica e estratégia são importantes.
Nos 2 primeiros kms as variações altimétricas são pequenas, dá para forçar um pouco. Por outro lado, tem a aglomeração inicial que faz o começo ser um pouco lento. Mas também conta a favor que o cansaço ainda não chegou.
Enfim, calculando o saldo disso tudo, o começo foi bom. Rápido.
Perto do cemitério tem a primeira subidinha mais relevante, depois uma descidinha, e então vem a pior subida da prova. Nesta, vi o Carlos Pastor retornando. Fiz uma graça com ele, mas sua cara não foi simpática. Ou ele não me viu, ou estava bravo. Depois da chegada, ele me disse que forçou muito e quebrou, e que agora só participa de corrida para correr forte. Então tá.
Consegui subir bem, fazendo passada curta e cadência altíssima. Alguns outros corredores estavam na mesma balada, mas a maioria arriou nessa parte.
Chegando ao topo retomei o passo forte. Passei pela metade da prova ainda com gás e nem sinal de problema relevante.
Essa parte tem varias subidinhas e descidinhas, mas para mim era quase plana. Virei os 6km com uma média alguns segundos acima dos 5min/km.
Então vem o maior perigo do percurso: uma baita descida super forte. Se for devagar, força o joelho, e se for rápido também força. Complicado. Fui médio, sem segurar muito, sem soltar também. Nesse trecho "peguei" um cara de referência para fazer a última parte da prova.
Quando a descida acaba, dá vontade de descer a bota até a chegada. Mas o trecho ainda é longo, com mais de 1km. Então, forcei um pouco, depois controlei, e no finalzinho forcei de novo.
Fechei com 38:30 aproximadamente, sub-5min/km (apesar de serem menos de 8km oficiais, 7.8xx metros). Tá ótimo!
Depois da chegada, encontrei o Airton (ex-safra), o Vagner Noronha, e o Carlos Pastor.
Minha camiseta ficou completamente ensopada de suor, como se tivesse colocado dentro de um balde d'água.



parciais:
15.02
15.06
8.25

GPS: https://www.endomondo.com/users/8052989/workouts/646115772
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PS: não achei nenhuma foto descente nos sites especializados

13/12/2015 - 49ª Prova Pedestre Sargento Gonzaguinha



Após um período sem provas, sem emprego, mas com treinos razoáveis, voltei a participar de uma corrida oficial. 
Minha última prova havia sido o Revezamento Pão de Açúcar, em setembro. 
Em meados de outubro eu fui demitido da empresa onde trabalhava há mais de 6 anos. Não fiquei abatido, mas foi uma preocupação inesperada. 
Tentei manter a rotina de treinos, inclusive para manter uma postura determinada. 
Apesar de desempregado, ainda tinha uma agenda cheia, buscando recolocação, ajudando com minhas filhas, aprendendo assuntos técnicos, fazendo coaching... 
Fiz algumas entrevistas até fechar um novo desafio profissional em São Paulo. Começaria dia 14 de dezembro. 
Na véspera corri a Gonzaguinha, já comemorando antecipadamente a nova fase da minha vida. 
Não fiz treinos específicos para essa prova. Apenas mantive uma rotina parecida com a que já vinha fazendo após a maratona do RJ. 
Minha meta era fazer um ritmo de treino forte, na casa de 5:20min/km. Se não aguentasse, 5:30min/km já estaria de bom tamanho. 
No sábado fui com a Karina pegar o kit. Quase fui multado por estacionar em lugar proibido (não deixaram estacionar dentro da EEFPM como nos anos anteriores). 
No domingo consegui parar o possante na rua de sempre. Cheguei cedo, conversei com o Geraldo, e fiquei na região procurando outros conhecidos. 
O dia estava limpo, com o Sol aparecendo, mas ainda não estava muito calor, na casa de 21ºC. 
Largamos no horário planejado, e consegui manter um ritmo satisfatório, nem muito rápido, nem muito lento. Vez ou outra eu dava uma acelerada, controlando o passo na sequência. 
Até a metade da prova fui bem, com o ritmo um pouco mais rápido que o planejado, mas sem sofrer nem forçar muito. Depois disso, já comecei a me sentir um pouco cansado, e comecei a calcular quanto faltava para acabar. 
Consegui não desanimar, e mesmo um pouco cansado ainda achei força para manter o ritmo. Sabendo que faltava pouco para o fim, não tive dificuldade para continuar no ritmo forte que fiz no começo. 
Completei os 15km em 1h18, com pace médio de 5:10min/km. Excelente. 
O calor não foi tão influente, consegui encarar numa boa. 
Após a prova, consegui me recuperar rapidamente, e fiquei feliz porque na segunda feira começaria no novo trabalho.



parciais:
15.47
15.30
15.14
16.27
15.22

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20/09/2015 - 23ª Maratona Pão de Açúcar de Revezamento


Mais um ano presente nesta prova. Como sempre, contamos com alguns desfalques, mas também pudemos contar com a presença ponta firme de alguns amigos.
O domingo prometia um belo dia de Sol. Peguei meu pai cedinho e conseguimos estacionar na Assembleia com tranquilidade.
Ficamos esperando pelo pessoal, e precisei replanejar a estratégia do quarteto, pois só se apresentaram 3 corredores.
Não foi a melhor participação do nosso grupo, mas fizemos o que estava ao alcance.
Da minha parte, fiz a segunda metade da dupla, após o Johnny. Fui controlando por causa do calor, andei um pouco no final, e não fiquei satisfeito porque gostaria de ter feito melhor.
Passei por uma situação desagradável, que prefiro não comentar aqui nem em outro lugar. Só mencionei para que eu lembre disso quando ler este relato.
Mas, bola pra frente. Quem sabe no ano que vem possa haver um revezamento melhor...


GPS: https://www.endomondo.com/users/8052989/workouts/604972562
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quinta-feira, 6 de agosto de 2015

26/07/2015 - Maratona do Rio de Janeiro

Em janeiro (2015) eu estava de férias e, num momento de devaneio, avaliei a possibilidade de correr a maratona do Rio de Janeiro em julho.
Imaginei que, um ano antes das Olimpíadas, muito das obras estaria já bem encaminhado.
Imaginei que em 2016 seria mais complicado de correr no Rio. Provavelmente mudariam a época da prova, para não concorrer com os Jogos. Haveria mais procura pelas inscrições, talvez os preços fossem mais salgados.
Fiz minha inscrição para o RJ no mesmo dia em que me inscrevi para SP. Eu usaria a prova paulista como "teste". Não como "treino de luxo". Eu faria SP com seriedade, mas tranquilo, sabendo que ainda poderia melhorar para o RJ.
Fechei o pacote de viagem com corrida, transporte e hospedagem, pela primeira vez contratando a Equipe Tavares. Segundo meus contatos, ouvi ótimas avaliações sobre eles.
Então veio a parte mais trabalhosa: treinar. A meta era fazer bastante rodagem, na casa de 60km por semana, ou mais. Basicamente, eu treinava às 2as, 4as e 5as na pistinha, e sábado era treino longo na Via Parque.
Faltando uns dois ou três meses para a maratona de SP, senti umas dores chatas no joelho. Acho que foi por causa da minha tentativa de mudar a passada para algo mais veloz.
Reduzi a intensidade dos treinos sem diminuir a quilometragem, adicionando mais um dia da semana para diluir a rodagem de cada sessão, e diminuindo o ritmo para não forçar o joelho. Funcionou.
Apesar de não ter feito um tempo bom em SP, senti que estava bem preparado. O que eu precisava acertar era fazer alguma coisa para não passar mal como aconteceu em maio.
A princípio, achei que o mal estar foi porque fiquei desidratado. Cheguei a essa conclusão porque perdi 5kg na prova, mesmo tomando água em praticamente todos os postos.
Para tentar resolver esse problema, passei a tomar bastante água nos treinos. Nos dias úteis, quando corria na pistinha, levava uma garrafa e bebia a cada um quilômetro. Quando ia pela Via Parque, levava uma mochila com uma ou duas caramanholas, e também bebia a cada 1km.
Dessa forma, fiquei acostumado a beber bastante água. Quando sentia que a água estava "conversando" na barriga, reduzia o ritmo até melhorar.
O ritmo dos treinos estava razoável, nem rápido nem lento. Tracei a meta de fechar a prova em 4h15 (a rigor, tentaria a média de 6min/km, que dá um pouco acima de 4h13, mas arredondei para 4h15).
Quase tive uma surpresa faltando 3 semanas para a prova, quando a EC Tavares me avisou que o sistema deles estava apontando que minha inscrição era para a meia maratona de agosto. Fiquei um pouco preocupado, mas eles conseguiram resolver sem problemas.

Graças a Deus, nenhum problema relevante até a prova. Fui pro Rio bem confiante. A previsão do tempo indicava que domingo seria nublado. Não frio, mas também sem Sol torrando o coco.
A viagem com a EC Tavares foi tranquila. Fui de avião, para evitar um trajeto cansativo de ônibus. Do aeroporto para o hotel tivemos um pequeno contratempo, mas no fim deu tudo certo.
Ao aterrizarmos estava chovendo, mas meia hora após chegarmos ao hotel (Windsor Flórida) abriu um Sol consistente. Alguns da turma (pessoal que estava viajando junto, pela EC Tavares) resolvemos ir até a Expo para ver a feira. Minha ideia era comprar alguma camiseta da prova, pois a que vinha no kit era regata, e eu quase nunca uso regata.
Pegamos o metrô na estação Catete, bem perto do hotel, e descemos na Estácio. A Expo era logo ali, mas estava lotada e a feira não tinha o que eu queria.
Resolvi aproveitar o tempo para ir ao Pão de Açúcar. Me informei sobre como ir até lá e peguei novamente o metrô, até a estação Botafogo.
Como já estava na hora do almoço, procurei um lugar para comer por ali e, em seguida, me dirigi ao ponto de ônibus para ir até a Urca.
Chegando no ponto, o fiscal informou que o ônibus poderia demorar 15 minutos. Ou meia hora, talvez. Resolvi não correr o risco e peguei um táxi.
O motorista era perdido ou mal intencionado, pois parecia não saber o caminho, dando uma volta e retornando ao ponto onde eu havia embarcado. Liguei o Waze e comecei, acredite, a indicar o caminho para o figura. Depois ele deu um desconto na tarifa, mas foi uma situação ridícula.

Ao chegar na base do bondinho, a funcionária informou que a fila para comprar ingresso era de 20 minutos. Levei 40 para chegar ao caixa, mais uns 15 para embarcar. Mas, como já estava ali, não ia desistir por isso.
O problema mais sério foi que, logo que começamos a subir, voltou a chover. Ao chegar no meio do caminho, fui ver que a fila para a segunda perna era gigantesca. Já eram 14:30, e eu precisava estar no hotel às 14h para pegar o kit da corrida. Acabei desistindo de subir a segunda etapa. Paciência.
Voltei para o hotel, peguei o kit com o Luis Tavares e o Kyoji, e passei o resto da tarde descansando.
A vontade de dormir era grande, pois eu tinha acordado bem cedo para ir até a casa dos meus pais, e dali para o aeroporto. Mas, se eu dormisse à tarde, à noite ficaria sem sono.
Resisti bravamente, assistindo à conquista do ouro panamericano pela equipe brasileira de basquete (Jogos Panamericanos de Toronto 2015, no Canadá).
Para jantar, fui à pé até a Dominos e comprei uma pizza de mussarela. Comi no hotel mesmo, depois arrumei minhas coisas para a corrida e fui dormir.
O sono que eu tive à tarde tinha ido embora, mas não me preocupei muito, pois sei que ansiedade pré-prova não ajuda em nada. Consegui descansar satisfatoriamente, e às 3:45 acordei para o domingo.
O café da manhã seria servido às 4:30, e o ônibus sairia para a largada às 4:55. Achei meio apertada essa janela para o café da manhã, e por isso desci para o lobby umas 4:10.
Já havia alguns corredores por ali, e fiquei conversando perto da porta do refeitório. A área da recepção começou a ficar lotada, conforme os atletas iam chegando, e nada da porta abrir.
Às 4:30 efetivamente liberaram a entrada para o café da manhã, e consegui me posicionar entre os primeiros. Parecia largada de corrida rs. Mas foi tudo organizado e tranquilo. Peguei suco de laranja, pão francês, queijo e presunto. Quem chegou depois teve que enfrentar fila. Mas eu comi rápido e ainda consegui passar no quarto para escovar os dentes e pegar o que precisava.

O pessoal recomendou levar algum dinheiro para o caso de precisar usar o banheiro de algum dos postos que ficam ao longo das praias. Levei, mas não precisei usar.
Desci para a recepção e, quando o ônibus chegou, embarquei. Ainda atrasamos a saída uns minutos pois havia alguns retardatários (atrasados).
Apesar de alguns erros no percurso, o motorista acabou conseguindo chegar às largadas da meia e da maratona, ambas em horários aceitáveis.
Na área de largada, avaliei que o clima estava nublado o suficiente para correr sem boné. Deixei o moletom e o boné no guarda volumes e aguardei o início da prova.
Alguns pensamentos, lembrando o quanto treinei, e lembrando de pessoas importantes para mim, pessoas que me inspiram e me fortalecem, quase me deixaram emocionado. Me concentrei no básico, para não atrapalhar na corrida.
E bora correr.

Larguei numa área boa, nem muito na frente, nem muito atrás. A primeira rua é meio estreita em relação à quantidade de corredores. Fui tranquilo, não me preocupando com o ritmo. Vi alguns tombos de corredores apressados que tentavam passar por vias alternativas (calçada).
Fazemos uma pequena volta de uns 3km e passamos novamente pela largada, no sentido oposto, e então começamos um longo trecho de uns 15km de praia direto.
A largada é na Praça do Pontal Tim Maia, no Recreio dos Bandeirantes.
O clima estava nublado, temperatuna na casa de 20°C, umidade alta e vento imperceptível. Não achei o visual tão lindo e maravilhoso como costumam descrever essa prova, mas para mim isso não era tão importante.
Fui tentando controlar o ritmo no passo que eu tinha planejado. Havia duas opções basicamente: eu dividi a prova em 3 trechos de 14km, e poderia começar com 5:50/km no primeiro, depois fazer 6:00/km no segundo, e 6:10/km do último. A outra opção seria também começar com 5:50/km, manter abaixo de 6:00/km no segundo trecho, e tentar manter perto (provavelmente um pouco acima) de 6:00 no fim, gastando a "gordura" acumulada.
A primeira metade da prova é completamente plana. Só não foi monótona porque eu estava concentrado e controlando bem a corrida. Passei a meia maratona com 2h01, bem tranquilo, uma média perto de 5:40/km.

Logo à frente, entre os km 22 e 23, começa a primeira subida da prova. Eu já sabia e estava preparado para ela. Reduzi o ritmo só um pouco e mantive a concentração, encarando a ladeira até com uma certa facilidade. Em um dos túneis desse trecho, onde tinha música eletrônica (bem alta) e iluminação de discoteca, tive que tomar cuidado para não empolgar e acabar acelerando. Consegui segurar a onda e mantive o passo tranquilo.
Como já era esperado, os túneis fizeram a marcação do GPS indicar a distância errada, mas aparentemente a marcação de solo estava correta, fora uma ou outra placa meio fora do lugar.
A quantidade de pessoas nas praias, até aquele momento, era pequena, pois eram praias menos badaladas, e o horário também ainda era meio cedo para um domingo de manhã. Ainda mais, no caso, um domingo nublado.
Lá pelo km 27 ou 28 veio a subida na Niemeyer. Uma subida não muito íngreme, mas longa. Em certa altura, parece que a subida vai acabar numa curva, mas depois descobrimos que tem mais um pouco de ladeira. Eu já tinha ouvido falar dessa pegadinha, mas na hora não lembrei, e tampouco sofri com isso.
Após a descida, passamos pelo km 30 e chegamos ao Leblon. O cenário bem diferente, com muito mais gente, pessoas assistindo à prova, outros apenas passeando, muita gente aproveitando a praia.
Passei pela "zona de muro" bem tranquilo, com o ritmo controlado, e uma expectativa de fechar a prova abaixo das 4h15. Claro que já sentia um certo cansaço, mas nada crítico, e sem dores relevantes.
Eu estava tomando bastante água, conforme planejado. Não era de um em um quilômetro como nos treinos, mas pegava um copo em cada um dos postos onde distribuíam, e tomava todo conteúdo. Também tomei Gatorade em quase todos postos onde havia.
Mesmo assim, o mal estar que senti na altura dos 24km da maratona de SP, desta vez me pegou no km 34. Começou leve, e ignorei o quanto pude, mas num determinado momento acabei cedendo e andei para ver se melhorava.

Acabei aproveitando a "pausa" para tomar mais água e gel carboidrato. Infelizmente, do jeito que desceu, voltou. Que droga! Isso realmente me deixa chateado. É uma coisa que ainda preciso melhorar. Preciso resolver isso.
Mas, paciência. Faltava pouco para o final. Menos de 8km.
Fui alternando trote e caminhada. Senti o mal estar mais algumas vezes, e o ritmo foi pro beleléu.
Analisando esse episódio alguns dias após a prova, fico me questionando se realmente não dava para continuar sem andar, ainda que lento. A resposta, após uma boa análise, é que eu efetivamente tentei fazer isso (voltar mais lento), mas não deu. Preciso resolver esse problema que já tive várias vezes.
De uma forma ou de outra, continuei em direção à chegada. Quando já estava bem perto, faltando uns 500 metros, o público que estava torcendo nas laterais começou a afunilar a pista, e a galera estava extremamente empolgada. O incentivo não era o tradicional "vamos, falta pouco, está chegando". Os cara gritavam, berravam. Era contagiante, não tinha como não sentir a força.

Eu já vinha no meu trotinho para a chegada, mas a gritaria era tanta que acabei me empolgando e fiquei animado. Todo esse trecho foi de gritaria e barulho. Muito legal essa experiência. Parecia que eu estava ganhando a competição. Nunca vi nada parecido em todas as provas que participei. Esses últimos 500 metros valeram pelos 42km da corrida.
Ao cruzar a linha de chegada, finalmente consegui expressar uma comemoração digna de quem completa uma prova tão dura. Vibrei muito e gritei com toda minha força.

Pronto, acabou.
Tempo final: 4h23:45
Infelizmente foi acima do que eu gostaria, mas é um bom resultado. Tenho que valorizar essa conquista, ainda que abaixo do planejado. No fim das contas, foram apenas 9 minutos a mais. E também vale à pena verificar que, até faltarem 8km, eu estava num ritmo muito bom, e estava me sentindo bem. Agora é manter o que está bom e melhorar o que está ruim.
Fechada a prova, imediatamente informei meus pais e minhas mulheres via whatsapp. Pedi para um staff fotografar-me com o Pão de Açúcar ao fundo. Com a foto, postei o resultado no Endomondo e Facebook. Não adianta correr 42km e não divulgar kkk

Peguei meu pacote no guarda volumes e me dirigi ao hotel, que ficava cerca de 1km (parecia mais) dali. Uma caminhada meio melancólica por conta do cansaço. Pelo menos deu para eu ir tomando água e Gatorade aos poucos, sem sentir o mal estar.
Informado que a chave do quarto tinha expirado ao meio dia, passei na recepção para regularizar o cartão. Subi ao quarto e tomei um banho maravilhoso, com uma ducha extra forte revigorante.
Não consegui dormir, mas fiquei deitado e descansando por cerca de uma hora.
Era pouco mais de 14h quando desci à recepção para o checkout. Já havia uma fila, mas após 20 minutos já estava sentado, aguardando o ônibus para o aeroporto.
O caminho até o Santos Dumont foi meio estranho, mas chegamos ao destino com bastante tempo. Fui procurar alguma loja de souvenires, para levar alguma lembrancinha para minhas meninas e pais.
Depois, comprei um iogurte gelado grande, para servir de pseudo almoço. A recuperação pós prova foi satisfatória, sem problemas.

Meu assento no avião foi "mais conforto", com espaço extra. Originalmente eu havia reservado o 7D, no corredor. Logo após me acomodar, chegou um casal e sentou no 7E (ao meu lado) e 7F (na janela). Mais tarde, uma comissária de bordo questionou o casal, pois o 7E deveria ficar vazio por conta do "conforto". Eu disse que tudo bem, mas acabei concordando em ficar no 7A (janela esquerda), que era a reserva do homem que estava no 7E. Todos felizes, voltei na janelinha rs
A emoção que eu estava sentindo era estranha. O sentimento era de uma certa tristeza de não ter conseguido o tempo esperado. A razão, por outro lado, avaliava que tinha sido uma boa prova, sem problemas graves, e o tempo final não foi ruim. Deus me abençoou, me protegeu, me capacitou. Eu estava grato por essa experiência tremenda. Ainda que a emoção fosse de chateação, a razão dava o devido valor ao fim de semana.
Em Congonhas, ao desembarcar, despedi-me da turma e fui encontrar meus pais, que foram me pegar. Agradeci pela ajuda e apoio logístico, e voltei para casa, onde pude relatar os acontecimentos às minhas princesas.
Essa foi minha sétima maratona completada. Ainda não tenho planos de qual será a próxima. Tenho algumas opções, mas antes de decidir preciso resolver outros assuntos.

GPS:
https://www.endomondo.com/users/8052989/workouts/568766042
https://www.strava.com/activities/355050545

Parciais:

17.48 (3km)
16.55 (6km)
17.22 (9km)
17.04 (12km)
16.50 (15km) (1:25.59)
17.41 (18km)
17.27 (21km) (2:01.07)
17.34 (24km)
17.12 (27km)
18.36 (30km) (2:54.29)
18.09 (33km)
25.12 (36km)
20.47 (39km)
25.08 (42,2km)

4:23.46 (total)

Notas:
- Minha experiência com a EC Tavares foi satisfatória. Não foi tão perfeito como eu imaginava, mas o pessoal conseguiu resolver os pequenos problemas que apareceram. Não tenho o que reclamar. Acho que eles podem melhorar o serviço, mas o que oferecem atualmente já é aceitável. Se alguém perguntar se recomendo, minha resposta é: sim, sem medo. Se pretendo voltar a usar o serviço dessa empresa? Sim, pretendo, sem ressalvas.
- O hotel é bem legal. Alto padrão, confortável, restaurante bom, localização perto da chegada e do aeroporto. Nota dez.

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